quinta-feira, julho 30, 2009

Imperador do Corcovado

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O Cristo Redentor é um dos pontos turísticos mais visitados no Brasil. O primeiro a visitar o Corcovado, muito antes de erguerem a estátua, foi o imperador D. Pedro I.

Pouco depois da Independência, com o objetivo de melhor guardar a cidade, o imperador percorreu os arredores para instalar postos de observação. Ele mesmo comandou a subida ao monte em seu cavalo, chegando ao cume no dia 18 de fevereiro de 1824.

Foi construída uma plataforma no local, que passou a atrair a nata da sociedade carioca aos domingos. Mas a nova atração não durou muito: bandidos e fugitivos passaram a se instalar ao pé do morro, espantando os primeiros turistas brasileiros na futura "Cidade Maravilhosa".

Fonte: Almanaque, Revista de História da Biblioteca Nacional.

COMENTÁRIO: Isso mostra que a violência nas grandes cidades não é uma coisa recente. Ela sempre existiu desde a chegada dos primeiros colonizadores portugueses.
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Medicina de morte

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Você sabia? Durante o período colonial no Brasil, as técnicas de cura eram quase tão assustadoras quanto as doenças. Sangrias, sacatrapos, cirurgias feitas sem anestesia... Se não morria por causa da doença, o doente corria o risco de não resistir ao tratamento.

Para eventualidades inusitadas, receitas idem: "Quando o bicho ou a cobra entrar no corpo de alguma pessoa que estiver dormindo, o melhor remédio é tomar o fumo (ou seja, fumaça) de solas de sapatos pela boca, por um funil, e o bicho sairá pela parte de baixo. Coisa experimentada", recomendava um livro de curas.


Fumar sapato não deve ser lá muito agradável. Mas quando se está com um bicho no corpo, quem liga para isso?


Fonte: Cotidiano e Vida Privada na América Portuguesa, organizado por Laura de Mello e Souza.
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quarta-feira, julho 29, 2009

Um destino para a prisão da Ilha Grande no Rio de Janeiro

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Desativada em 1994, a instituição foi transformada no Museu do Cárcere, que ocupa as quatro salas remanescentes da antiga Colônia Penal Cândido Mendes, em parte demolida.

Saiba mais no link abaixo:

http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/um_destino_para_a_prisao_de_ilha_grande.html
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terça-feira, julho 28, 2009

A São Paulo dos alemães faz 180 anos

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Exposição acompanha os colonos alemães e sua participação na sociedade paulistana, inclusive em episódios como a Primeira Guerra Mundial e a Revolução de 1924.

quinta-feira, julho 23, 2009

A trajetória da brava gente italiana entre outros assuntos

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Segue abaixo sugestão de pauta enviada pela minha amiga Fernanda Figueiredo da Duetto Editorial. Vale a pena ler e conferir!


O futuro Museu Nacional da Emigração Italiana será dedicado aos 29 milhões de italianos que, a partir de 1861, deixaram o país para tentar a vida em outros países.

http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/a_trajetoria_da_brava_gente_italiana.html

História da Ciência na rede

A Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) reuniu, catalogou, restaurou, descreveu e agora publicou metade do material acumulado em 60 anos de atividades

http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/historia_da_ciencia_na_rede.html
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quarta-feira, julho 22, 2009

Mais curiosidades históricas

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Vamos matar a curiosidade que temos sobre a origem histórica de certas expressões? Vejam essas explicações interessantes que achei na internet e que os nossos avós já falavam.

Calcanhar de Aquiles

De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num grande lago mágico, segurando-o pelo calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.


Voto de Minerva


Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto de desempate ou o voto decisivo.

Casa da Mãe Joana


Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.


Vá se queixar ao Bispo


Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça era fértil. E adivinha o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A mocinha, desolada, ia se queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.

Conto do Vigário


Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

Ficar a ver navios


Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

Não entendo Patavinas


Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Assim, não entender patavina significa não entender nada.


Dourar a Pílula


Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

Chegar de mãos abanando


Há muito tempo, aqui no Brasil, era comum exigir que os imigrantes que chegassem para trabalhar nas terras trouxessem suas próprias ferramentas. Caso viessem de mãos vazias, era sinal de que não estavam dispostos ao trabalho. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada.


Sem eira nem beira


Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.


Abraço de Tamanduá


Para capturar sua presa, o tamanduá se deita de barriga para cima e abraça seu inimigo. O desafeto é então esmagado pela força. Abraço de tamanduá é sinônimo de deslealdade, traição.


O Canto do Cisne


Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. Desta maneira a expressão "canto do cisne" representa as últimas realizações de alguém.


Estômago de Avestruz


Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.


Lágrimas de Crocodilo


É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando captura uma presa, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima..

Memória de Elefante


O elefante lembra de tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atrações do circo. Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo tem memória de elefante.


Olhos de Lince


Ter olhos de lince significa enxergar longe, uma vez que esses bichos têm a visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver através das paredes.


Fonte: Autor desconhecido - pelo menos foi o que verifiquei, se alguém souber das autorias favor me enviar informações.


Antonio Conselheiro Morreu de Diarréia


Ao contrário do que se diz, Antônio Conselheiro, o líder de Canudos, não morreu de ferimentos recebidos na batalha travada para defender seu reduto de Belo Monte. A causa foi uma prosaica diarréia que o desidratou antes do massacre final praticado pelas forças federais, que decapitaram seu cadáver para levar a cabeça como troféu.


Fonte: Terra Almanaque


Chica da Silva


Chica da Silva foi uma ex-escrava que entrou para a história brasileira pelo fascínio que exercia sobre seu amante, o rico desembargador João Francisco de Oliveira. Ela o obrigou a construir um lago artificial no vasto jardim da casa que ele lhe presenteara e pôr ali um navio de verdade, com mastros, velas e âncora, para que Chica e os amigos pudessem navegar, o que faziam com grande alarido.


Fonte: Terra Almanaque

Os Primeiros Americanos eram Negros


Os cientistas reconstituiram a face do crânio fóssil mais antigo das américas, o crânio encontrado na região de Lagoa Santa em Minas Gerais por uma expedição franco-brasileira em 1975. Apelidado pelos pesquisadores de Luzia, ela representa um possível elo para o entendimento da povoação e ocupação humana no continente americano.

Os cientistas da Universidade de Manchester na Inglaterra, reconstruíram utilizando resina qual teria sido a provável face do crânio, e a partir daí perceberam que seus traços eram semelhantes aos povos negróides e australianos, derrubando a teoria que estabelecia que os primeiros assentamentos humanos no continente teriam sido dos povos de natureza mongolóide (semelhantes aos povos asiáticos), esses teriam vindo posteriormente e, substituído com o passar dos anos, as populações que já viviam aqui.

Hoje existe uma forte tendência a se rever as teorias migratórias humanas, que levarãm a ocupação do globo após o surgimento do homem moderno há aproximadamente 120 000 anos atrás. Hoje já existem pesquisadores defendendo que o homem teria chegado à América entre 20 000 e 15 000 anos atrás, ao contrário do aceito atualmente, 12 000 anos atrás. Com o surgimente de novos sítios arqueológicos no norte do Brasil e na região da bacia amazônica, ficamos na espera de outra grande descoberta que lance uma luz na história do homem nas Américas.


Fonte: historiadomundo.com.br


D. Pedro I Era Um Amante Insaciável


A partir dos 16 anos, dom Pedro I adquiriu fama de amante insaciável. Os nobres portugueses e ricos brasileiros escondiam as filhas quando o príncipe passava. A primeira da série de incontáveis amantes foi a bailarina francesa Noémi Thierry, com quem ele teve um filho (natimorto), antes que a Corte enviasse a moça de volta a Paris. A grande paixão de sua vida, entretanto, foi Domitila de Castro, Canto e Melo a qual o nobre deu o título de marquesa, além de quatro filhos.


Fonte: Terra Almanaque
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terça-feira, julho 21, 2009

Idade Média, Holocausto, Primeira Guerra e outros assuntos


Seguem abaixo sugestões de pauta muito interessantes da Revista História Viva enviadas pela minha amiga Fernanda Figueiredo, Redatora Web da Duetto Editorial, que publico aqui neste blog.
Vale a pena ler e conferir!


Altamente confidencial
Para garantir o sigilo da correspondência trocada pelos reis da Idade Média e do Renascimento, foram criados sofisticados métodos de cifragem capazes de burlar as redes de espionagem da época
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/altamente_confidencial.html

Memorial palestino para o Holocausto

Novo museu dedicado ao Holocausto, na Cisjordânia, se tornou um símbolo da luta entre judeus e palestinos

http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/memorial_palestino_para_o_holocausto.html

O fim do primeiro round

Por Osvaldo Coggiola

Obra mostra o que aconteceu na última semana da Primeira Guerra Mundial e a movimentação dos personagens que deram fim ao conflito, mas plantaram as sementes da Segunda Guerra

http://www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/o_fim_do_primeiro_round.html

Multimídia
Israel Palestina - História sem fim O mapa da região foi redesenhado inúmeras vezes por uma sucessão de guerras. Veja na animação
http://www2.uol.com.br/historiaviva/multimidia/israel_palestina_-_historia_sem_fim.html

Achados revelam sacrifícios humanos no Peru
Diversas descobertas arqueológicas comprovam a existência de rituais de sacrifícios humanos entre as civilizações pré-incaicas no país
http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/achados_revelam_sacrificios_humanos_no_peru.html

Brasiliana de Mindlin agora é de todos
Já está na internet a Brasiliana Digital, com cerca de 3 mil obras em seu formato original
http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/brasiliana_de_mindlin_agora_e_de_todos.html

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segunda-feira, julho 20, 2009

O Dia do Amigo e a chegada do homem à Lua


E para lembrar esse dia. Hoje se comemora o Dia do Amigo e a chegada do homem à Lua. (Quer saber mais? Clique no link)

"O Dia do Amigo foi adotado em Buenos Aires, na Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo.


A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à Lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".

Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo, é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria. No Brasil, o dia do amigo também é comemorado em 20 de julho."

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_amigo
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COMENTÁRIO: Sobre os amigos, o grande Machado de Assis já dizia, neste belo poema escrito em 1856:

"Bons Amigos

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"

A todos um Feliz Dia do Amigo!
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sábado, julho 18, 2009

As boas maneiras à mesa com o uso do garfo

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O assunto que eu coloco aqui é uma das muitas invenções da Idade Média. São coisas tão presentes em nossas vidas que muitas vezes nem sabemos como surgiram. Mostrando que, ao contrário do que podemos imaginar, a época medieval não foi a Idade das Trevas.

"Um objeto de metal cuja data exata de surgimento ignoramos é o garfo. Os homens da Idade Média viam o garfo como um instrumento de debilidade e perversão diabólica. São Pedro Damião (1007-72) não teve nenhuma piedade da pobre princesa bizantina Teodora, casada com o doge Domenico Selvo, que usava garfo e cercava-se de refinamento, tentando tornar mais gentis as maneiras do Ocidente: "Não tocava os acepipes com as mãos, mas fazia com que os eunucos lhe cortassem os alimentos em pequenos pedaços. Depois mal os saboreava, Levando-os à boca com garfos de ouro de dois dentes. A morte terrível da jovem mulher, cujas carnes gangrenaram lentamente, foi vista como uma justa punição divina para tão grande pecado.

Os primeiros testemunhos iconográficos do garfo remontam mais ou menos ao tempo da invectiva de São Pedro Damião: em uma iluminura do Códice das leis lombardas, do início do século XI, o rei Rotaris empunha um garfo à mesa; usavam-nos igualmente os educados comensais de duas outras iluminuras mais ou menos contemporâneas, tiradas de um manuscrito de De Universo, de Rabano Mauro, para abrir a longa exemplificação dos vários tipos de refeições, alimentos e bebidas e para ilustrar o capítulo sobre os cidadãos. O iluminador quis ressaltar que o rito social da refeição é um fator de civilidade e que os utensílios, entre os quais os garfos, exemplificam o que há de agradável na vida urbana.

Clique na imagem acima para vê-la ampliada

Já no século XII, existe apenas uma representação da Última Ceia no qual um garfo solitário encontra-se excepcionalmente pousado sobre a brancura da toalha: está em uma das iluminuras do Jardim das Delícias, da abadessa Herrad de Landsberg, do convento de Hohenburg. Não sabemos se o acréscimo foi uma orientação pessoal da comitente, originada pelo hábito das boas maneiras; em todo, caso assemelha-se muito aos verdadeiros garfos medievais que chegaram, sabe-se lá por meio de que peripécias, ao Museu Horne em Florença.

O uso do garfo generalizou-se passo a passo com a difusão de um alimento tipicamente medieval que é até hoje um pilar da cozinha italiana - a massa - , pois era o instrumento adequado para enrolar os fios quentes e escorregadios."

Bibliografia: Frugoni, Chiara. Invenções da Idade Média, óculos, livros, bancos, botões e outras inovações geniais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2007.

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domingo, julho 12, 2009

Os volts de Alessandro Volta

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Ontem, andei remexendo em baterias e pilhas velhas guardadas em casa, para serem levadas como lixo recilado. Foi quando me lembrei das minhas aulas de Física e de como a invenção da bateria facilitou muito a nossa vida, mas também tem lá os seus contras.

A bateria é uma célula elétrica. Células elétricas são capazes de gerar energia através de reações químicas. Uma bateria, portanto, são duas ou mais células elétricas com eletrodos negativos e positivos, um condutor de íons, e um separador.

O inventor da bateria foi Alessandro Volta, que, em 1799, criou a "pilha voltaíca" usando discos de zinco e cobre com pedaços de papelão molhados em salmoura. A idéia de Volta foi a primeira a produzir uma corrente contínua e confiável. As vezes, sequer percebemos, mas a exemplo de nomes de inventores como Diesel, Watt e outros, Volta está presente nos "volts" da bateria.

A evolução do invento deve-se aos esforços anteriores e posteriores de gênios, como Luigi Galvani, John F. Daniel e William Grove. Gaston Plante criou em 1859 a bateria recarregável. Em 1881, Carl Gassner inventou a primeira bateria seca. Novos materiais, como os alcalinos, resultaram em modelos mais potentes. Em 1954, Gerald Pearson, Calvin Fuller e Daryl Chapin criaram a primeira bateria solar.

Faróis de carro, telefone celular e até relógio do computador só funcionam por conta delas. Baterias modernas de automóvel, auxiliadas pelos dínamos do motor, podem durar a vida toda, mas o conforto sempre tem seu preço. Os resíduos químicos gerados por pilhas e baterias em geral são extremamente poluentes e nocivos à saúde humana. Os materiais alcalinos e radioativos podem causar doenças graves e, eventualmente, câncer. Por isso, fábricas de pilhas e empresas de telefonia celular promovem programas de devolução, troca e reciclagem de materiais usados. Portanto colabore. Não jogue baterias em lixo comum.

Quer saber mais sobre pilhas ou baterias? Clique aqui
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quarta-feira, julho 08, 2009

Revolução Constitucionalista, uma revolta contra o governo Getúlio Vargas



Atendendo a sugestão da minha amiga Giovana do blog Sons do Pensamento, publico aqui um dos mais importantes acontecimentos da história política do Brasil e que completa 77 anos no dia 9 de julho, a Revolução Constitucionalista de 1932. Vamos aos fatos. E desejando um ótimo feriado para todos os paulistas! 

"A revolta do povo paulista começou quando Getúlio Vargas, não respeitou a autonomia de São Paulo, e ameaçou reduzir seu poder dentro do próprio Estado, nomeando um interventor de fora, não conservando seu Governador. A mudança afetou de tal forma a estrutura social existente que não somente a camada dominante foi apeada do poder, mas também todas as camadas se desintegraram de maneira diferente. 

O Estado havia sido base política do regime da Primeira República, e assim era visto como um potencial foco oposicionista. A morte de quatro estudantes paulistas, em maio de 1932, em um conflito com as forças legais criou mártires: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. A inicial do nome dos quatro foram usadas para designar o MMDC, movimento paulista que tramava derrubar o governo. Movimento que marcou a vida de milhares de paulistanos. Assim a idéia de revolução tomou conta de todos. Partidos políticos que eram rivais estavam unidos; o descontentamento geral aumentou e houve o envolvimento das massas populares; a ação armada militar contou com o apoio dos militares do Mato Grosso, que se manteve leal ao Estado de São Paulo. Então multidões saíram às ruas, militares foram enviados ao front em todo o Estado. A FUP (Frente Única Paulista), formada pelos dois principais partidos políticos de São Paulo, o PRP (Partido Republicano Paulista) e o PD (Partido Democrático) exigiam a devolução da autonomia política a São Paulo, com a nomeação de um interventor paulista e civil, e a reconstitucionalização do país.

Foi o mais violento choque armado ocorrido no Brasil, e a maior mobilização popular de sua história. As Tropas Paulistanas, com um povo desabituado a suportar tiranias, lutaram praticamente sozinhas contra o resto do país. Para sustentar a luta serviu-se São Paulo de seu grande aparelhamento industrial e um contingente de 35 mil soldados. Mas com o porto de Santos bloqueado, sendo atacado em suas divisas pelas tropas federais que eram mais numerosas e bem equipadas, e aviões bombardeando cidades do interior paulista, a resistência de São Paulo durou três meses, cessando a luta fratricida. Prisões, cassações e deportações se seguem à capitulação. A luta armada dos constitucionalistas ficou restrita ao Estado de São Paulo, e foi o maior confronto militar do Brasil no século XX. 

Mesmo com a derrota paulista, a importância do movimento é incontestável, sua principal reivindicação foi atendida com a organização, no ano seguinte, por uma comissão composta de ilustres brasileiros, de um anteprojeto de Constituição. Uma Assembléia Nacional Constituinte, eleita pelo povo promulga em 1934, a nova Carta Magna." 

Bibliografia: 
Revolução Constitucionalista de 1932: A Era Vargas, FGV - GPDOC www.cpdoc.fgv.br 
Vianna, Hélio - História do Brasil, 4ª ed. - São Paulo: Melhoramentos, 1966. 
Rocha, Geraldo. "Tradições democráticas de São Paulo".
Bigeli, Alexandre. "Revolução Constitucionalista de 1932".

MEU COMENTÁRIO:

Embora esse movimento tenha nascido de reivindicações das elites paulistas, ele teve também uma grande participação popular através da utilização dos meios de comunicação de massa para mobilizar a população. Os jornais de São Paulo faziam campanha pela revolução, assim como as emissoras de rádio, que tinham uma audiência bem maior. Até hoje, a história da Revolução de 32 não é muito bem contada. Ou, pelo menos, é contada de duas formas. Através da versão dos governistas (getulistas) e a dos revolucionários (constitucionalistas). Durante muito tempo, a versão dos getulistas foi a mais divulgada nos livros escolares, mas hoje, com uma maior participação dos professores na escolha do material didático, essa história também é contada sob a visão dos rebeldes.

Gostaria de citar também que a Revolução de 32, jamais foi abordada em nenhum filme nacional. O mais próximo que esse conflito chegou nas telas foi na novela “Éramos Seis” e na minisérie “Um Só Coração”. Assim como a Revolução Farroupilha e alguns conflitos tenentistas, a Revolta Paulista bem que poderia dar um ótimo filme, a história tem intrigas, guerra e paixão por uma causa.

Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego